Principais efeitos da alta da Selic no setor imobiliário
A alta da taxa Selic, a taxa básica de juros da economia brasileira, tem diversos efeitos no setor imobiliário, impactando tanto compradores quanto vendedores e investidores.
Com a Selic mais alta, os bancos aumentam as taxas de juros dos financiamentos imobiliários, tornando o crédito mais caro, isso faz o poder de compra das famílias reduzir.
O encarecimento do crédito leva a uma diminuição na procura por imóveis, tanto novos quanto usados – o que reduz a demanda por imóveis. A queda da demanda pode resultar em um aumento no estoque de imóveis disponíveis e em uma possível desaceleração nos preços.
O impacto nas vendas de imóveis novos pode ser uma dificuldade enfrentada pelas construtoras ao tentar vender unidades novas, devido à maior demanda e o aumento dos custos de financiamento para os compradores. O ritmo dos lançamentos, por consequência, vai diminuir e deverão oferecer condições mais flexíveis de pagamento. Visto essa dificuldade em se adquirir um imóvel, o aluguel passa a ser a opção para parte da população, gerando assim alta demanda e pressionando os preços dos alugueis com aquecimento a locação e os valores de aluguéis.
Um dos programas mais conhecidos no setor imobiliário, o Minha Casa, Minha Vida também pode sofrer impactos pela alta da Selic, com possível aumento nas taxas de jutos para os beneficiários, dificultando ainda mais o acesso à moradia para as famílias de baixa renda.
Quando a Selic sobe também muda o comportamento de investimentos, tornando títulos de renda fixa mais atrativos, assim os investidores podem optar por realocar seus recursos para investimentos mais seguros, reduzindo o fluxo de capital para o setor imobiliário.
Ao mesmo tempo que alta da Selic tende a esfriar o mercado imobiliário, tornando o crédito mais caro, reduzindo a demanda por imóveis e impactando as decisões de compra e investimento; o mercado de aluguéis pode se tornar mais aquecido, com o aumento da procura por locação.