Relatório COPOM 23 de junho
O mercado financeiro seguiu ajustando suas projeções inflacionárias: a expectativa da mediana para o IPCA de 2025 recuou pela quarta semana consecutiva, passando de 5,25% para 5,24%, embora ainda acima da meta de 3%. Para os anos seguintes, as projeções ficaram estáveis em 4,50% para 2026 e 4,00% para 2027. Em relação à inflação mensal, esperam-se 0,27% para junho, com leve desaceleração prevista em julho (0,19%) e retomada em agosto (0,46%).
As estimativas para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) em 2025 também foram ajustadas, subindo de 2,20% para 2,21%, com a previsão para 2026 aumentando de 1,83% para 1,85% e 2027 mantida em 2,00%. Esse otimismo ocorre no contexto de medidas governamentais recentes — como o saque-aniversário do FGTS, injeções no Minha Casa Minha Vida e crédito ampliado ao trabalhador — que devem sustentar a demanda interna, levando a uma desaceleração econômica mais gradual.
No que tange à política monetária, o mercado ajustou a previsão da taxa Selic para 15% no fim de 2025, após o COPOM elevar os juros em 0,25 p.p.; para 2026 e 2027, as expectativas permanecem em 12,50% e 10,50%, respectivamente. A expectativa para a taxa de câmbio também foi revisada, com o dólar projetado em R$ 5,72 no fim deste ano (ante R$ 5,77 anteriormente) e em R$ 5,75 para 2027, refletindo melhora no fluxo de capitais e estabilidade macroeconômica.